domingo, 8 de novembro de 2009

É possível viver em paz?



Um desejo natural e instintivo de todo ser humano, uma vida com paz remete a uma vida tranquila, sem perturbações sociais ou de conflitos entre pessoas, serena. Mas se todos desejam paz por que não conseguem vivê-la?
Toda pessoa tem direito à moradia, escola, emprego e liberdade. Porém, não é isso que o mundo nos mostra hoje. A injustiça social domina todos os países, uns mais outros menos. E ocorre que um injustiçado não vive em paz. Um morador de rua não se sente bem pelo fato de não ter casa. Da mesma forma, um escravo não vive tranquilamente por não ter liberdade.
A origem dessa injustiça? Muito antiga. Provavelmente desde a origem da humanidade a injustiça reina no mundo. Mesmo nos feudos, por exemplo, que o capitalismo nem existia, a paz não reinava. O medo dos povos bárbaros e os contrastes entre servos e senhores feudais, tudo isso leva a uma vida sem paz.
Não desejo despertar uma polêmica política, mas talvez a idéia do comunismo seja a mais inteligente já pensada pelo homem. A igualdade é provavelmente a única forma de se ter paz no mundo. Isso porque o capitalismo, por si só, já leva desigualdade, injustiça para os povos.
Obviamente um mundo inteiramente comunista é algo impossível e inviável. É então impossível viver em paz? Muitos dizem que sim. Mas a paz, para alcançar escala global, deve começar dentro de cada um. Cada pessoa deve proucurar viver tranquilamente, mesmo que seja injustiçado. Deve proucurar viver bem com todos, sem gerar conflitos e discórdias. Se cada um parar de pensar só em sí e pensar no outro, é possível que, com o tempo e com a paz vivendo dentro de cada pessoa, o mundo venha a conhecer uma paz, talvez nunca vista antes.
("Paz. Isso não significa estar em um lugar sem barulho, problema ou trabalho duro. Significa estar no meio de todas essas coisas e ainda ter calma no coração.")

S.O.S água

Há quase quinhentos anos, Leonardo Da Vinci já chamava atenção para a possível falta de água no futuro e, de fato, ele não estava enganado.
Principalmente no final do séc.XIX e no século passado, o mundo pôde acompanhar um intenso processo de desenvolvimento tecnológico. Desde o setor alimentício até as máquinas, tudo passou (e ainda passar) por constantes avanços. Entretanto, essa capacidade de criação do homem não foi acompanhada pela capacidade da natureza de suportar todas as novas tecnologias.
Em um planeta coberto de água como o nosso, o maior problema e que gera enorme discussão é exatamente a escassez de água que já ocorre em alguns países e que tende a piorar ainda mais. Tudo precisa de água, tudo consome água. Direta ou indiretamente é assustador a quantidade de água consumida pelo cidadão. Apesar de o "planeta azul" ter o que tem de recursos hídricos, o volume de água para consumo é pequena comparada coma demanda da população.
É necessário ( e urgente) uma grande movimentação de toda a população juntamente com o Governo. Uma possível forma de estimular as pessoas a economizar pode se basear em descontos na conta de energia de acordo com a economia de água: quanto que uma família gasta normalmente e quanto foi gasto. Diversas palestras nas escolas e locais de trabalho podem também ser meios de que a necessidade de economizar água esteja presente no cotidiano das pessoas, e que então a água não vá embora pelo ralo abaixo, literalmente.


sábado, 8 de agosto de 2009

O consumismo na sociedade moderna

O dia dos pais se aproxima. E como toda grande data comemorativa, também chegam as infinitas propagandas, comerciais e afins. Cada loja faz um anúncio de seu produto como “aquilo que seu pai precisa”, “demonstre seu amor, dê tal coisa para seu paizão”. Da mesma forma no dia dos namorados, mães, crianças, etc.
O consumismo sem medidas invadiu a população. O ser humano de hoje precisa de compras, dinheiro e de gastar para se satisfazer. A mídia implanta na sociedade a idéia de que o que você precisa para se alegrar, alegrar sua mãe, seu pai ou seu filho criança está ali, dentro das quatro paredes de uma loja.
Voltemos um pouco na história do dinheiro, das compras. Muitos anos atrás, se uma pessoa precisasse de uma panela, por exemplo, para cozinhar seu almoço ela iria atrás de alguém que a tivesse. Chegaria lá e conversaria com a pessoa. Terminada a conversa, o sujeito que precisava da panela a recebe e dá algo para o outro, alguma coisa que este estivesse precisando também. E estava estabelecido o que chamamos hoje de escambo.
Contudo, os anos foram se passando e as pessoas foram vendo que muitas vezes era complicado realizar tal procedimento. Você me entrega sua panela em troca de uma colher. Mas uma panela vale muito mais que uma colher não vale? Tem muito mais utilidades. Então que tal trocar por três colheres? Ah, mas aí já é muita coisa. Vou ficar sem colheres.
Enfim, essas e outras complicações fizeram com que as pessoas bolassem um método de padronizar o valor das coisas. Agora era muito mais fácil. As coisas tinham um valor padrão. Não precisava mais de trocar algo que você não precisa tanto por algo que você realmente precisa. Agora você pode simplesmente adquirir aquilo que deseja e ponto final. Menos conversa, menos combinações e acordos. Agora é tudo mais fácil. Dinheiro na mão, compre o que desejar.
Voltemos para os dias atuais então. Determinado os "dias especiais" do ano, as redes de comunicação não se calam quando um deles se aproxima. Todas as propagandas são feitas a fim de persuadir o seu público-alvo a adquirir seu produto ou aderir uma campanha. Nas datas comemorativas, as propagandas tem uma única e simples missão: utilizando-se e tocando o sentimentalismo das pessoas, fazê-las comprar coisas para demonstrar o seu amor.
Entretando, como pode um item de consumo geral da população, um produto de outras mãos, demonstrar algo tão grande e tão único que é o amor?
De fato, ganhar um presente é algo que alegra qualquer pessoa. Não há quem não goste de ganhar uma lembrançinha de uma pessoa querida. É sempre bom ganhar coisas. Claro. Eu mesma adoro. Mas toda essa manipulação da mídia faz com que as pessoas se sintam na obrigação de comprar um presente para sua mãe no dia das mães, ou para seu filho no dia das crianças. Por que, numa data determinada por gente que nem fazemos idéia, comemoramos a vida de uma camada de pessoas e você tem que dar um presente para ela? Não seria isso permanecer inertes ao que a mídia impõe? Já que as tais "datas especiais" já estão implantadas no calendário por que não aproveitá-las para passar o dia com a pessoa festejada, passar momentos especiais com ela? E isso sem se sentir na necessidade de comprar algo para dar de presente.
Mais uma vez não digo que dar presentes é errado. Claro que não. Um aniversário ou datas especiais podem ser uma boa oportunidade para dar às pessoas alguma coisa que ela esteja desejando, ou algo que julgue necessário a ela. Mas quantas vezes as pessoas não saem andando na rua, vagando pelos corredores dos shopping centers à proucura de alguma coisa pra dar na data comemorativa. O que ela proucura? Não sabe, mas proucura. Ela precisa comprar para deixar claro pra sí mesma e para o outro o seu amor. Dessa forma, surpreendentemente, mesmo com o passar dos anos o escambo prevalece: e agora trocam dinheiro por satisfação.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tecnologia x Infância

É surpreendente como que a tecnologia avançou nas ultimas décadas. Outro dia vi uma pequena matéria na Internet sobre videogames antigos. Mostrava as características de cada um, e defeitos, que hoje ridicularizamos quando comparados com as atuais e gigantescas tecnologias embutidas em aparelhos cada vez menores.
Fui ter um computador em casa pela primeira vez quando eu tinha uns seis ou sete anos. A impressora era daquelas com o papel que tem que destacar as tiras do lado. A única coisa que eu fazia naquela grande e antiga máquina cheia de teclas era desenhar no Paint-Brush e brincar de escrever coisas átoas no Microsoft Word. Mais pra frente já conseguia jogar alguns joguinhos que meu irmão mais velho instalava. Coisas do tipo Atari, emuladores de Sega, MegaDrive, Master System, entre outros.
Internet? Sim. Um bom tempo depois. Já nem faço idéia da idade que tinha. Uns oito ou nove anos talvez? E não era Velox ou coisas do gênero. Nada disso. Era provedor UOL ou algum outro, que ocupava a linha telefônica e ainda por cima fazia aquele super barulhinho nada confortante na hora de conectar. E internet ainda só sábado depois de meio dia, domingo, ou dias da semana somente após a meia noite! Até que a tal dessa internet não me atraia não. O que tinha pra fazer era ficar no “Chat” da Turma da Mônica, não há emoção nenhuma nisso.
Hoje vejo muitas crianças que na minha idade quando tive um computador pela primeira vez, já tem MSN e até Orkut! Isso sem falar nos aparelhos celulares! Meu primeiro foi aos doze anos. Atualmente, com essa idade a criança já teve pelo menos dois aparelhos diferentes. Mas o celular na mão de crianças é outra questão que pretendo tratar em outra oportunidade.
Temo que em meio a essa tecnologia toda, a criança deixe passar em branco uma grande época da vida: a infância. Preocupa-me a quantidade de meninos e meninas, tão jovens ainda, que passam quase todo seu tempo livre no computador. E vejo que esse problema só piora. Cada vez mais cedo as crianças aprendem a lidar com tecnologias e gastar todo seu tempo nelas.
Não digo que está errado a criança saber mexer e ter contato com computadores mais cedo do que antigamente. Afinal de contas, as coisas vão mudando com o tempo. E o computador, quando bem utilizado, pode ser muito educativo para os pequenos. Mas o problema está no que diz respeito ao tempo gasto na frente da tela.
Quando penso em meus tempos de criança o que me vem à memória? Tardes inteiras brincando de esconde-esconde, polícia e ladrão, pega-pega, dentre as infinitas diversidade de brincadeiras ao lado dos meus primos. Hoje quando olho pras crianças sinto certa pena, pois estão deixando de viver momentos com a família e amigos que iriam se lembrar pra sempre, e em troca de que? Horas e mais horas de ociosidade na internet. Isso sem falar aos perigos que a criança se expõe ao usar a internet. Mas isso é um assunto relativamente polêmico e que requer grande análise. Vejamos, pois, em breve.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O tamanho dos problemas.

PROBLEMA x VIDA
Conheço um camarada muito curioso: João.Vida tranquila, emprego relativamente estável, três filhos saudáveis e estudiosos, uma vida normal. Mas algo diferencia essa pessoa. Como todas as outras,ele passa por problemas.Seja problema de saúde ou de outro aspecto da vida. Mas, vejo que um problema, para ele, é sempre um fim de mundo.
Uma dor de cabeça é motivo de murmúrio constante. Claro, conheço a infelicidade que é ter dor de cabeça ou semelhantes. Contudo, João sente necessidade de falar para sí e para todos do seu obstáculo.
Outro dia ouvi um colega comentar: "Nossa, ele só fala de problema, credo!", e afastar-se.
De fato, ninguém gosta de problemas. Claro que ajudar um amigo em sua dificuldade é essencial, mas não há quem suporte uma pessoa que não sorri, só reclama.
O ser humano é que cria seus problemas. Não por opção, óbvio, mas é a verdade. A dor de cabeça, usada como exemplo anteriormente, vinda do lado biológico-emocional do ser. Nós é que a proporcionamos. A tensão muscular,ou coisas do gênero (não me arrisco a entrar no lado fisioterapêutico da coisa) afetam diretamente as dores corporais que sentimos.
Logo, o problema não existe por sí próprio, nós , humanos que os criamos.
E se nós temos a capacidade de criar um problema, mesmo que não desejamos, podemos da mesma forma dominar esse problema a deixar que ele nos domine.
Naturalmente a dor não vai passar, a doença pode persistir, mas a força com que lutamos contra o problema age contra ele. Se João parar de pensar somente em seus problemas e parar de tê-los como único assunto, ele descobrirá que a vida é maior do que aquilo que ele pensa ser impossível de se vencer.
Quando murmuramos, trazemos à lembrança um problema e ficamos mal com isso. Se cada pessoa, assim como meu amigo João, se habituar a omitir tantos murmúrios, com certeza poderemos observar pessoas mais felizes consigo mesmas, mais radiantes, intensos e confiantes,ou seja: com mais vida.